domingo, 26 de abril de 2009

Esquizofrenia em foco...

Como sempre a mídia traz assuntos do nosso cotidiano para as novelas, em Caminho das Índias, novela exibida no horário nobre da rede globo, a personagem vivida por Bruno Gagliasso (TArso) passa por sua primeira crise de esquizofrenia, o garoto rico, no auge da pressão familiar por decisões profissionais, não suportou e surtou, começou a ouvir vozes, ver coisas irreais para os outros e a sentir-se perseguido e ameaçado. Na novela outro garoto, de classe social pobre, Ademir, também possui esquizofrenia, ele vivencia as características da doença de forma muito real, a dificuldade em lidar com os problemas, a crise, as alucinações, o tratamento medicamentoso e terapêutico. Além de tudo a novela mostra a vida normal que Ademir leva, quando tratado, na Gafieira, dançando, o que faz muito bem, consertando computadores, no convívio com os demais, etc...fatores estes que desmistificam o mito do doente mental "maluco", "doido", que não pode trabalhar, que não pode viver em sociedade pois representa perigo aos demais. Outro fator importante que a história dos dois meninos tráz é a dificuldade da aceitação familiar, as doenças da mente são vistas como "exclusividade de pobres", nas classes sociais ricas, os pais custam a entender, passam por uma negação absurda e nunca querem admitir que seus filhos ou parentes surtaram, pois para eles isso denigre a imagem daqueles que amam, atitudes estas que atrapalham muito no tratamento do doente mental, pois a família é um elo básico para o sucesso da terapia. Na prática observa-se que aqueles usuários de saúde mental que contam com o apoio familiar, na supervisão das medicações, no cotidiano do tratamento, etc, passam mais tempo sem apresentar crises e dificilmente abandonam a terapia.

Confira no link abaixo, reportagem sobre as histórias da vida real retratadas em novelas.

http://entretenimento.br.msn.com/famosidades/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=19390831

Leia um trecho...

Especial: Aposta das novelas em temas sociais

Por Daniela Teixeira

Cada vez mais, as novelas apostam em temas que retratam o cotidiano da sociedade. Problemas sociais e até alertas sobre comportamento e bem-estar aparecem recheados de cenas que misturam ficção com realidade.
Alcoolismo, síndrome de down, seqüestro de bebês, leucemia, violência doméstica, esquizofrenia e tantos outros assuntos são abordados nas novelas brasileiras e, em sua maioria, geram curiosidade e entendimento por parte do grande público.

Glória Perez, que escreve o folhetim "Caminho das Índias", das 21h, da Globo, tem mostrado o drama vivido por Tarso, personagem de Bruno Gagliasso. O jovem é pressionado por seu pai, Ramiro (Humberto Martins), a assumir a empresa da família. Acuado, o rapaz se refugia dentro dos próprios pensamentos desenvolvendo, assim, um quadro grave de esquizofrenia. Por conta de seus constantes surtos, o rapaz começará a sofrer preconceito por parte de alguns amigos.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

Entendendo um pouco de Psiquiatria...


Essas fotos são da Oficina de Música do Caps onde trabalho....







O que é Reforma Psiquiátrica???

A reforma psiquiátrica pretende modificar o sistema de tratamento clínico da doença mental, eliminando gradualmente a internação como forma de exclusão social. Este modelo seria substituído por uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial, visando a integração da pessoa que sofre de transtornos mentais à comunidade.

A rede territorial de serviços proposta na pela Reforma Psiquiátrica inclui centros de atenção psicossocial (CAPS), centros de convivência e cultura assistidos, cooperativas de trabalho protegido (economia solidária), oficinas de geração de renda e residências terapêuticas, descentralizando e territorializando o atendimento em saúde, conforme previsto na Lei Federal que institui o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Esta rede substituiria o modelo arcaico dos manicômios do Brasil. A reforma psiquiátrica a desativação gradual dos manicômios, para que aqueles que sofrem de transtornos mentais possam conviver livremente na sociedade. Ocorre que muitos deles sequer têm nome conhecido, documentos, familiares, dificultando a reinserção social. Também não possuem acesso aos benefícios sociais oferecidos pelo Estado, como a aposentadoria e auxílio-doença.

O movimento pró Reforma Psiquiátrica no Brasil teve início na década de 70, por reivindicação de médicos e familiares de pessoas com transtornos mentais.

A reforma psiquiátrica é o tema de um debate em andamento no Brasil há anos, as resoluções tomadas neste processo ainda não foram totalmente implementadas. Em abril de 2001 foi aprovada a Lei Federal de Saúde Mental, nº 10.216, que regulamenta o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil.


terça-feira, 14 de abril de 2009

CAPS... Do que se trata...


O QUE É UM CAPS?

Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). É um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida.

O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. È um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos.

Os CAPS visam:

• Prestar atendimento em regime de atenção diária.

• Gerenciar os projetos terapêuticos, oferecendo o cuidado clínico eficiente e personalizado.

• Promover a inserção social dos usuários através de ações intersetoriais que envolvam educação, trabalho, esporte, cultura e lazer, montando estratégias conjuntas de enfrentamento dos problemas. Os CAPS também têm a responsabilidade de organizar a rede de serviços de saúde mental de seu território;

• Dar suporte e supervisionar a atenção à saúde mental na rede básica, PSF (Programa de Saúde da Família), PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde);

• Regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental de sua área;

• Coordenar junto com o gestor local as atividades de supervisão de unidades hospitalares psiquiátricas que atuem no seu território.

• Manter atualizada a listagem dos pacientes de sua região que utilizam medicamentos para a saúde mental.

domingo, 12 de abril de 2009

Muito tempo.....se passou....

Muito tempo se passou mas graças a Deus nada mudou na vida de Luís que não fosse pra melhor... ele continua ótimo, frequentando a escola, brincando com os amiguinhos que não param de crescer em quantidade, nunca vi como este menino cativa os outros. Estive com ele e seus pais num almoço de domingo semanas atrás, é muito bom ver Luis Flávio correndo, aprontando, saudável... Eu já não trabalho mais no hospital onde nos conhecemos, pedi demissão, por opção, precisava de mais tempo pra mim, pra minha casa e marido, pois estava com dois empregos que exigiam muito de mim, fiz uma opção da qual não me arrependo, mas nunca deixarei de ver Luís e muita gente boa que conheci durante a minha passagem pelo hospital, hoje sei que cointinuo fazendo o bem, mas para outras pessoas bem maiores em idade porém não menos necessitadas. Trabalho num Centro de Atenção Psicossocial - Caps e usarei esse espaço pra divulgar esse serviço para que todos tomem conhecimento do que se trata.... Tô feliz gente e Luís como sempre...continua feliz...