quarta-feira, 19 de março de 2008


Como falamos anteriormente do diagnóstico de Jessyele acho importante definir quem é o inimigo, neste caso a inimiga: Aplasia.


E com isso vocês perceberão que voltarei ao mesmo ponto: o transplante de medula óssea, que também é usado no tratamento da aplasia, e no caso de Jessy a irmã não é compatível, por isso a tentativa de imunossupressão com medicamentos, que graças a Deus está respondendo.

Aplasia de Medula Óssea

A aplasia de medula óssea, é uma doença rara e extremamente séria, que resulta da falência da medula óssea (órgão responsável pela produção do sangue) em produzir células sangüíneas.
A parte central dos ossos é preenchida por um tecido esponjoso, conhecido como medula óssea. A medula é, essencialmente, o órgão produtor das células sangüíneas, que se dividem basicamente em três grupos:
Células vermelhas: São as células que transportam o oxigênio dos pulmões para todas as partes do corpo;
Células brancas: São as nossas células de defesa. Estas têm a função de proteger o organismo contra infecções, atacando e destruindo os germes;
Plaquetas: São as células responsáveis pela coagulação do sangue. São elas que controlam os sangramentos, formando os coágulos nas áreas lesadas.

A produção das células sangüíneas é necessária durante toda a vida, pois cada uma dessas células tem duração limitada e necessita ser reposta continuamente. Assim, quando a produção dessas células não ocorre em função da falência da medula óssea, tornando muito baixos os níveis dessas células no sangue, háo aparecimento de sintomas como palidez (anemia), sangramento e infecções graves que colocam o indivíduo sob risco de vida.
Existem basicamente dois tipos de aplasia de medula: as adquiridas (normalmente relacionadas com infecções, uso de medicamentos, contato com inseticidas, derivados de benzeno etc.) e as congênitas, também conhecidas como anemia de fanconi (neste caso, existe um defeito genético conhecido, levando ao quadro de falência medular). Os tratamentos são diferentes.

O Diagnóstico

O diagnóstico de aplasia de medula quando os níveis sangüíneos estão diminuídos (contagem das células vermelhas, brancas e plaquetas). A confirmação do diagnóstico deve ser feita por médico-hematologista, que realizará os exames de avaliação direta da medula óssea: o mielograma e a biopsia de medula óssea, os quais consistem na retirada de uma pequena amostra da medula para exame microscópico. Para se conseguir essa amostra, faz-se uma punção com agulha dentro do osso. Este procedimento é rápido e poderá ser realizado no ambulatório ou no leito, caso o paciente esteja internado. Na aplasia de medula, o exame mostra uma diminuição das células da medula óssea.
O paciente com aplasia de medula freqüentemente recebe transfusões, seja de concentrado de hemáceas (para correção de anemia grave) ou de plaquetas (em caso de sangramento)
Devido à diminuição das defesas do organismo, o paciente com aplasia de medula deve evitar o contato com pessoas doentes, recém-vacinadas e ambientes com aglomeração de pessoas.
A critério médico, o paciente deverá reduzir certas atividades que potencialmente podem trazer riscos de acidentes e, consequentemente, provocar sangramentos.

Tratamento:

Transplante de Medula Óssea (TMO):
O TMO tem sido cada vez mais utilizado para pacientes portadores de anemia aplástica que têm um doador compatível. Este poderá ser realizado com a medula doada por um parente, geralmente irmão ou irmã. No entanto, as chances de se conseguir um doador compatível na família são pequenas. Neste caso, pode-se seguir em busca de um doador não aparentado através dos Registro de Doadores, porém o TMO utilizando doadores não aparentados encontra-se em fase experimental nas anemias aplásticas. Existem registros Internacionais de doadores de medula óssea. No Brasil, os registros existentes estão em Curitiba e São Paulo os quais estão, ainda, em fase de organização. O TMO consiste na retirada, mediante aspiração, de pequena parcela de medula do doador. O material é filtrado e transplantado através de injeção intravenosa para o paciente. O paciente, antes de receber a nova medula, receberá um tratamento com drogas e/ou radioterapia, destinado a destruir a medula doente. Ou seja, o transplante da medula óssea é a substituição da medula doente por uma medula sadia.

Tratamento com medicamentos:
O tratamento com medicamentos é uma decisão médica, caso o TMO não seja a melhor opção. Ele pode ser recomendado desde o início do tratamento, enquanto se procede a busca de um doador.
Os medicamentos utilizados são chamados drogas imunosupressoras que agem estimulando a produção de células sangüíneas pela medula óssea que está falida. Como exemplo, temos a ciclosporina (uso via oral) e o ATG (soro anti-timocítico de uso intravenoso). Estas drogas podem ou não ser utilizadas em associações. No caso da aplasia congênita (anemia de Fanconi), a medicação de escolha é o eximetolona (uso via Oral).

Um comentário:

Odele Souza disse...

Olá Paola,
Há uns três dias coloquei o logo da campanha de medula óssea na lateral do blog de Flavia. Vou agora colocar outra chamada, usando umas letrinhas vermelhas que ficam em movimento na lateral do blog, bem em cima da foto de Flavia. Vou escrever uma frase direcionando as pessoas para seu blog e para o Tô Doida, que também fala de transplate de médula óssea. Tomara que funcione. Vale a pena tentar.

Um beijo e parabéns por seu bonito trabalho.