terça-feira, 18 de setembro de 2007

o inicio da nossa luta...

A esta altura muitos já devem ter ouvido falar da história deste garoto de apenas 1 ano e 11 meses, que foi abandonado pela mãe biológica com algumas horas de vida, ainda envolto em restos de placenta e com o cordão umbilical, na carroceria de um carro num bairro nobre da cidade de Salvador.
O bebê foi encontrado por um vigia e encaminhado para um hospital onde recebeu os primeiros cuidados, sendo posteriromente levado a um orfanato, onde conheceu aqueles que seriam seus anjos da guarda a partir daquele momento. Marcos, filho da dona do orfanato se sensibilizou com aquela criança e foi tocado por um sentimento paterno, o qual se acalentou quando o mesmo resolveu adotar aquele menino tão indefeso.

Ao lado de Marcos e Leo, Luís Flavio viveu seu primeiro ano de vida cercado de muito amor, levava uma vida quase normal, não fosse pela saúde já fragilizada.

Logo após completar 1 ano, os sintomas começaram a aparecer, a preocupação dos pais foi crescendo e o diagnóstico não tardou a vir, o menino possui Leucemia Mielóide Aguda.

Travou-se a partir deste momento uma intensa e árdua luta, da qual participo diariamente, várias internações, quimioterapias, febre, diarréia, falta de apetite,mas nada deixa esta criança desanimar e muito menos pensar em desistir, sua vontade de viver esta explícita, ele é sempre o mais ativo no corredor do hospital, conhece todos os funcionários, se diverte com as cadeiras de rodas, com os suportes de soro, com os curativos, como se fossem seus brinquedos, as vezes confunde onde realmente é sua casa, quando a mãe arruma as malas para ir passar uma longa temporada no hospital ele pergunta a mesma se vão para casa, já teve dias de confundir seu próprio nome com o do seu hematologista.

A luta apenas começou, hoje os pais adotivos de Luis Flavio estão a procura da mãe biológica do menino, pois a ajuda desta que o abandonou tão indefeso é uma das poucas chances que o garoto tem para sobreviver. Ele precisa de um transplante de medula óssea e um irmão biológico tem maior chance de ser compatível.
As buscas por essa mãe crescem a cada dia, porém ainda sem sucesso.
Vários meios de comunicação apelam pela piedade desta que esta tendo a chance de ser perdoada pelo seu erro.
Peço a todos que se sensibilizem com a história deste menino, deste anjo que tive a oportunidade de conhecer e amar, e que orem pela saúde dele e peçam a Deus força e fé para aqueles que estão ao seu lado.

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