O transplante de medula óssea (TMO) é a modalidade terapêutica utilizada no tratamento de inúmeras das doenças hematológicas (do sangue), benignas ou malignas; hereditárias ou adquiridas.Todas as células maduras que circulam no sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) provêm de uma única célula contida na medula óssea, chamada célula progenitora. Por esse motivo, o termo transplante de medula de óssea (TMO) vem sendo modificado por um termo mais específico: transplante de células progenitoras hematopoéticas (TCPH). Tal denominação reflete melhor o tipo de procedimento realizado e o tipo de célula que o paciente irá receber para reconstituir sua medula óssea.Em inglês, o termo usado para denominar a célula progenitora é “stem cell”. Nos adultos, tais células estão localizadas principalmente nos ossos chatos como a bacia, o esterno, costela e vértebras. O procedimento de doação é feito com a retirada dessas células, que consiste de múltiplas aspirações com de agulhas especiais.
Como pode ser feito o transplante de medula óssea
A realização do transplante consiste na injeção de células progenitoras hematopoéticas saudáveis na medula do paciente após condicionamento. O condicionamento é o uso de altas doses de quimioterapia associados ou não à radioterapia corporal para que o paciente seja tratado de sua doença hematológica.O transplante pode ser feito com células progenitoras de um doador compatível, aparentado (quando o doador faz parte da família do paciente) ou não-aparentado (doador voluntário compatível encontrado em registros públicos, como o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea – REDOME, no Brasil). Em ambos os casos, esse transplante é denominado transplante alogênico.Pode-se também fazer o transplante com as células progenitoras da medula do próprio paciente. Esse tipo de transplante é denomidado transplante autólogo. Nesse caso, o paciente em remissão se submete a um tratamento com fator de crescimento de granulócito e monócitos (G-CSF) para mobilizar as células progenitoras para o sangue periférico.Para se obter células progenitoras do sangue periférico em número apropriado para o transplante, utiliza-se um equipamento chamado máquina de leucaférese. O sangue é separado e as células progenitoras são coletadas de acordo com o seu peso e armazenadas em um compartimento especial. Para fazer o transplante, as células progenitoras são infundidas na corrente sangüínea do paciente e se implantam na medula óssea (que foi previamente condicionada) iniciando a reconstituição hematopoética da medula. Com a infusão de células progenitoras suficientes do paciente (transplante autólogo) ou de um doador próximo e compatível (transplante alogênico), a função da medula e a produção das células do sangue são restauradas de maneira suficiente a permitir a recuperação de um tratamento intensivo.
Formas de transplantes
Há quatros formas de transplante:1) Alogênico: as células progenitoras provém de um doador previamente selecionado por testes de compatibilidade, principalmente o HLA (antígeno de hispocompatibilidade leucocitária) normalmente identificado entre os familiares ou em bancos de medula óssea. Os bancos de medula óssea podem ter cadastrados doadores adultos ou bancos de cordão umbilical.2) Autólogo: as células progenitoras provém do próprio paciente.3) Singênico: as células progenitoras provém de gêmeos idênticos (univitelinos).4) Haploidêntico: a técnica consiste em manipular as células de um doador parcialmente compatível, de modo a fazer com que sejam toleradas pelo organismo do receptor.
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