Hoje quando cheguei do plantão fui dar uma lida no material da minha monografia da pós graduação, não sei se já comentei antes, faço pós em Pediatria e Neonatologia, só podia ser né?? Então, folheando uns textos encontrei um livro muito importante pra mim, quando comprei estava na faculdade e na época muito se falava em Humanização, chama-se "O Amor é o caminho", a autora é Maria Júlia Paes da Silva, reli vários capítulos e comecei a lembrar de quando conheci Maria Júlia, foi numa palestra na faculdade, eu ainda não tinha experiência nenhuma, fiquei tão encantada com aquela enfermeira que sem medo de ser feliz dizia que seu maior sonho era humanizar os hospitais, eu ouvia atentamente suas histórias e desejava silenciosamente ser um pouco Maria Júlia...encantada com aquela mulher realizada ali na minha frente contando coisas tão simples que ela fazia no seu cotidiano que nos deixavam de boca aberta...hoje com mais maturidade reflito isso e penso por que será que algo que deveria ser natural, afinal somos todos humanos, é visto com tanta ênfase na área da saúde, como se fosse o BOOM...Poxa Humanizar o atendimento... qual será a dificuldade??? Penso que muitas pessoas ficam calejadas pelo trabalho tão árduo, conflituoso, ladeado pela morte, doença...que acabam se desligando e agindo mecânicamente... Mas todas as vezes que me vejo perto de perder a calma, paro e penso naquela Paola que um dia sonhou ser metade Maria Júlia... dou um sorriso e bola pra frente...não vou negar que as vezes penso em desistir da profissão...sabe naquela hora em que a gente pensa: poxa podia ter sido isso ou aquilo, ainda mais eu que sempre sonhei em ser advogada, acabei enfermeira por acaso... destino... por Deus mesmo... quando fiz minha inscrição pro vestibular só tinha 17 anos, não sabia se fazia mesmo Direito, preenchi a ficha toda só deixei o curso em branco, na fila do banco pra pagar a taxa com apenas 2 pessoas na minha frente assinalei Enfermagem, e ali tracei o meu futuro... e acho que seria muito infeliz se tivesse feito outra coisa. Depois que vim embora pra Bahia nunca mais tive a oportunidade de ouvir Maria Júlia, mas continuo acompanhando suas publicações e ainda quero um dia ter metade das histórias que ela tem pra contar...
quarta-feira, 2 de abril de 2008
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3 comentários:
Estou emocionado com a história deste menino. Fiz um post pra ele hoje.
Beijão!
Você já está fazendo história com o Flavinho, Paola!
Beijos
Me identifiquei muito com sua história, sou estudante de enfermagem e estou no ultimos semestre, meu trabalho de tcc é sobre humanização em assistencia de enfermagem em oncologia, tbem tive o prazer de ir a uma palestra da Maria julia, pra variar chorei a palestra toda, como é dificil mesmo ouvir coisas tao simples do cotidiano, alias que deveriam ser, e nos identificar e ao mesmo tempo cairmos em si que estamos tao longe de tudo aquilo no nosso dia a dia, que nao temos tempo de pensar e sentir todos aqueles sentimos que ela ai expunha, chorei tbem pq tive um pai paciente de oncologia, ao qual fui sua fiel aconpanhante em todas as consultas , tratamento e tbem cuidadora, entao nos colocar no lugar do outro e resgatar sentimentos tao nobres e simples é uma forma de humanizar, e ter alguem como a Maria Julia que se expoe em falar de tais sentimentos sem medo de ser ridicula, e julgada é para nós uma grande riqueza. Penso que todos os profissinais de saude poderiam um dia ler esse livro, dou de presente a todos meus amigos que trabalham na area,,,Quando pensei em desitir pra profissao, esse livro resgatou em mim, o amor que tenho pela profissao e me fez enchergar que podemos ver o belo onde todos nao o enchergam...
bjus
val
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